Página da Escola

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Festa da Primavera



Primavera
Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.






terça-feira, 12 de setembro de 2017

Desfile de 07 de Setembro



Dia 07 de Setembro nossa Escola teve a honra de retomar a participação no desfile em comemoração aos 194 anos da Independência do nosso país! O evento contou com a participação de apresentações do 36º Batalhão de Infantaria Motorizada, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar de Minas Gerais, 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Secretaria de Trânsito e Transporte (Settran). Participaram ainda, moto clubes e ciclistas de Uberlândia. 
Contamos também com a participação de 16 Escolas Municipais que trouxeram encantamento ao público que foi prestigiar o evento. Entre as atrações, as fanfarras foram as que mais animaram o público presente.



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Família na Escola!



Todo dia é dia de família na escola, mas tem dia que é especial: 26 de agosto de 2017!
Atividades culturais para toda a família!

A nossa escola comemorando o dia do soldado




A nossa escola estava na grande comemoração do dia do soldado em Uberlândia!
E o aluno Wender representou brilhantemente Duque de Caxias, o patrono do exército brasileiro!